Deixa-se sentir
tanto quanto
deixar-se-ia livre
acaso fosse
botão que se abreABERTA-FLOR
a palavra espacial
INSTANTE-SÓ
e se perde VÃO
no breu de vagas páginas e pó
mas se acaso NÃO
Então
não-hora
e não-dia
Não é de se imaginar:
SAIRIA
fria
acaso fosse
NÃO-ROSA
Orquídea-não
a palavra vazia
2 comentários:
Uma não-flor de pétalas metafóricas e coloridas de breu não se compreende, embora seu sentido - frio - fique marcado na alma.
Esse poema fica ainda mais belo quando declamado, alternando voz suave e forte e mais alta nos versos escritos em caixa alta.
Espero que você o leve para esse evento na Livro Lido.
oi Bárbara, valeu.
também penso que esse poema pode ganhar mais força quando lido em voz alta, ou declamado. Mas sobre sua participação no evento, não sei se seria viável. O evento começa a ganhar um formato que não caberia tanto um poema como este, mais experimental, e de temática não muito próxima dos que serão utilizados por mim e pelos outros participantes.
Na verdade, não sei. Mas de qualquer maneira, valeu pela sugestão. Vou levá-lo para o próximo ensaio.
Obrigado.
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