Para Erinha Ribeiro
Hoje o dia
é de luz;
de cores e data
definidas.
Outrora surgira
do ventre
a vida —
agora presente
em data comemorativa.
Esta de hoje, menina,
mulher já foi um dia
em berço acordada.
Buscava seu espaço
a cada acalanto;
e a cada ano que se seguia,
ela, menina, ia se espaçando,
como quem se espreguiça
em alvorada.
Até o dia em que
surgira ao longe
um novo canto.
Era o de uma nova vida:
a dois — repartida.
E repartir (ela descobre)
exige rotina.
Exige das retinas
atenção dividida.
Então ela
percebe o quanto
é bom ser amada
em vida.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
terça-feira, 8 de novembro de 2011
ventilando poesia
ventilando
a verve
forjada
o poeta
finge
a poesia
falsa
os dizeres
são agora
os de dentro
estão ocultos
sob a pele das palavras
mas não há calma
há verbos de violência força
musculando fuga
topar o torpor esquecido
correr o salto, o risco
sacudir
a quietude dos dias
ventilando poesia
a verve
forjada
o poeta
finge
a poesia
falsa
os dizeres
são agora
os de dentro
estão ocultos
sob a pele das palavras
mas não há calma
há verbos de violência força
musculando fuga
topar o torpor esquecido
correr o salto, o risco
sacudir
a quietude dos dias
ventilando poesia
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