Enquanto espero
teu nome se desenhar na areia
teu nome se desenhar na areia
sou onda que vagueia…
E esse movimento, essa dança
suave respinga em mim
um resquício de maresia,
uma sombra daqueles teus olhos de ressaca…
E esse movimento, essa dança
suave respinga em mim
um resquício de maresia,
uma sombra daqueles teus olhos de ressaca…
Ou talvez fossem (as danças) cadências de músculos
dançando
num espaço-salão sem luzes e
adormecido,
cujo tempo emparedado me lança
para uma fuga
(como se um relógio parado e firme na parede de uma
antiga casa convidasse sua amiga traça para um desfecho).
Sou então a cavalgada.
O passeio sem garupa. Um nada.
E teus olhos ateus novamente vagueiam seminus por sobre as ondas
e assumem, na palidez do ar, uma aparência de astro em mutação.
Assim te vejo tão sempre nunca retilínea
que pareces enfim voar por sobre as próprias asas
Mas fazes então tanta questão de continuar a dança das
bonecas e o trocar de sandálias e o pentear dos fios
embaralhados de sono
que não vejo outra escolha senão te desenhar
(teu nome)
na areia do mar.
Mesmo sendo eu onda.
bonecas e o trocar de sandálias e o pentear dos fios
embaralhados de sono
que não vejo outra escolha senão te desenhar
(teu nome)
na areia do mar.
Mesmo sendo eu onda.
2 comentários:
Desculpa, a falta de notícias não foi descaso, eu estou também "Capturando ondas".
Daqui a pouco estarei de volta. Não mais a mesma de sempre - aquela lá a onda levou e eu preciso de tempo ainda para me acostumar comigo de novo. Mas do amigo não me esqueço.
Beijo
Valeu Bárbara. Conto com sua volta. E ninguém será o mesmo de sempre, nunca...
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