dividida
entre dois contínuos
traços
de um lado as lidas linhas da mão
de um enovelado tempo
vivido
noutro, fios que teceriam
um tempo-espaço
opaco
acaso a presa
buscasse na dor uma lasca de prazer
(um misto com a surpresa)
- o prazer de sentir-se no limite das forças -
pois quem tece a teia tenciona a outro
mas é a sua a fisgadaa dor
são os fios de sua teia que forram
su
e lhe ofertam um prazer à sombra
de sua própria árvore
tendo em volta
venenosas serpentes
uma teia tão fina
fios que a força não folga
(onde a pele jamais toca)
e presas no limiar do instante febril
cada uma em sua
toca
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