quando
nas demoras
busco
teus detalhes (ainda)
es palha
dos
pela casa,
minha cara,
é porque estas são as tralhas
que lanço sobre meus
dias
entre idas e recuos,
ausências e norte.
havia um ponto
antes aproximando
a frouxidão
anunciada
no seguir dos passos
hoje recuso-me a encarar as coisas
como se elas fossem apenas
despedidas...
vivas as coisas se
perpetuam nos móveis desta casa...
... nas frechas, nos ventres
nas entre
linhas e
telhas.
nas orelhas e paredes.
em seu íntimo alicerce.
minha cara, assim te busco:
viva,
presente nos sentires
(ainda que ausente nos dizeres)
assim te vejo:
tateando teu cheiro
na roupa esquecida,
nos lençois não lavados
na pele embevecida;
assim, semente,
na casa repartida
sempre
ali
viva
.
terça-feira, 4 de maio de 2010
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2 comentários:
É impressionante como os poemas tem a capacidade de refletir aquilo que vivenciamos. parece me que a cada poema lido, nem que seja em apenas um verso,há uma identificação em relação as diversas experiÊncias descritas.
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