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terça-feira, 12 de outubro de 2010

teias ao vento

Estamos todos em
     desalinho.

   Em linha reta
saltamos todos
por quase todos
os
precipícios.

Principiamos
   nossas crenças
como um
   inseto indefeso
que se precipita
   e se lança à sorte,

aonde o vento leva.

         Levamos ao norte
a existência;

ao sul, outra vez,
        as inóspitas urgências.

Construímos nossas vidas
    como teias
de uma aranha
indiscreta.

Mas antes de
    capturarmos
ou
   de nos tornarmos
presas,
   façamos
da vida
   uma aventura primeira,

ainda que

        errando

estejamos todos
   sempre
em recomeço,

reconstruindo teias,
antes ao avesso.

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