Oeste
este verso.
Somos todos deserto em água.
Espinhos de dentro pra fora.
Ao sul, todos os patos.
O horizonte aponta sua linha cortante.
Somos todos divisa. E ventre.
Onde toda morte é passo
e todo passo, corte.
Duas linhas entre horas.
A primeira, de antes, fica.
Deixa-se suar pelo veneno.
A outra, parte, segue
o torto vento.
A oeste este verso.
Parte como que voltando
de longa viagem.
Amanhã
(diz o tempo)
irá chover.
O oeste é este perto.
Estamos todos submersos.
Na divisa, entre os versos;
Na esquina de quem somos.
segunda-feira, 2 de março de 2009
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2 comentários:
A oeste está o meu caminho
A oeste todos os caminhos, Bárbara.
Fortalece aí!
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