Páginas

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Tempo de Bandeira (verdes tons amarelados)

São horas de bandeiras. E brisa.

E tempo de maçãs
e fomes.

Mordidas, e tempo
de amores
descomedidos. E licores.


São horas de bandeiras
e cores
vermelhas.

Sinais fechados, e não.
Apitos de trem. Carvão;

Fumaça. E moinhos. Centelhas.
Tempo aquecido de fugazes
retornos. De limbos lugares.
De bagagens refeitas.

De passos. Estorvo.

São dias de orvalho.

E lentas horas
e flores. E dança.

Tempo de crianças
e palhaços. Tempo de demoras.


E lágrimas. E vidas.

Pétalas para todos. Os odores.

Os cânticos, os serenos, as quinas.
Dobradiças.

E calcanhares.

É tempo de sorriso
de horas. Ponteiros. E lanças.

Telas.

E pinturas em pele.
Partituras em movimento.

Tudo antes retilíneo.
E sinal
fechado.

Agora, o giro.

O salto.

O tempo
em recontagem de horas.

E de verdes tons amarelados.




5 comentários:

Larissa disse...

Ei, gostei muito daqui. Te achei me seguindo, que surpresa boa! :)

Bruno Ribeiro disse...

Fique à vontade, Larissa. Esta casa é de todos.

Bárbara disse...

Sabe, estou ao lado de uma janela agora e do andar em que estou só dá para ver a copa de algumas árvores.

As gotinhas de chuva que desenham no vidro e seus versos estão recheados de filosofia.

Eu olho em volta e percebo que tudo continua no mesmo lugar, mas há algo diferente, o meu olhar sobre as coisas.

Vitor Andrade disse...

em verdes tons de esperança.

Bruno Ribeiro disse...

Valeu Bárbara. Um mesmo olhar diferente. Chamam isso de amadurecimento. Talvez.

Valeu, Vítor, pela visita.

Verdes tons (amarelados?) pra todos nós!