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terça-feira, 25 de novembro de 2008

São poetas

São poetas
Portas abertas para o nebuloso

Cálculo indivisível de somas e perdas

Palhas
Agulhas
Mágoas maculadas
Em perfis
De águas turvas

São poetas
Páginas concretas de espaços e versos

Pétalas que se somem quando arrancadas
E postas à brisa

São pára-quedistas
Quando bombas à deriva

São poetas

Em muros cobertos de heras

Em calhas da última chuva


Poetas e seus guarda-chuvas

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