Um dia ela veio
ressentida. Pálida.
Nos olhos, uma lassidão
de bocas e
lascívia.
Seu olhar, no mais
se permitia
um ar
austero sobre o chão.
Era triste o seu olhar
e pouco dizia.
Mas tão bela era
a morte em seu rosto,
que tanta vida e furor
brotavam-lhe na face
suada de gozo,
deixando vestígios de um esquecido
gosto:
o de um antigo pudor ainda preso
em seus serenos lábios
adormecidos e envenenados de medo.
Permitia-se então uma luz cega:
uma imóvel espera:
ver enfim o raiar do dia.
domingo, 25 de janeiro de 2009
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