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sábado, 3 de janeiro de 2009

Um sempre jardim


Tenho um jardim
Que me visita
Sempre quando danço aquela valsa.

Há nele alguns espinhos,
Alguma farpa,
Sempre quando teimo aquela farsa;

Há também uma flor que se abre
Sempre quando em mim cabe
Mais um bocado de mim.


Nesse jardim só água
Há roseira
E céu.

Há um ventre,
Terra fértil,
Perfume de jasmim.


Há um templo onde pousam
Mariposas e querubins.


Esse jardim me vem
E é dia.
São lágrimas orvalhadas
Nas rosas
Mas são de alegria.

É um jardim que me toma o braço e não me deixa partir

Para um nunca voltar;
Para um sempre jardim.

Um comentário:

André disse...

Muito bonito. E a imagem também é linda.