Sou mais uma vez agora
o que antes andava andarilho.
Sou a demora do cansaço,
o suor que sufoca e o rumor
das coisas sem nome.
Sou agora o vidente de vidas passadas.
Sou quem passa nos pedregulhos perdido
e quem espalha as folhas secas sem lágrima.
Sou agora o espasmo seco no canto do galo;
sou aquela velha foto:
a sede no olhar esquecido.
Sou o vestido na pele macia;
a mobília da casa repleta de laços.
Sou a mesa posta e os lugares na mesa.
Sou tudo isso e mais agora
tudo o que se espera do lisonjeiro trato.
No mais, no passo de um passageiro.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
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Um comentário:
Bruno meu mestre...
muito bom poder ler cousas* tuas, cousas boas.
dos que li, este mais me apetece. adorei o som.
*Como diria nilton
bjoooo
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